ROGÉRIO NUNO COSTA Vou a tua casa
de 12 a 15 de Dezembro

Conversa sobre o projecto
16 de Dezembro


O título é literal. Gosto de títulos literais. Não acredito nos poético-simbólicos, filosófico-enigmáticos, sofisticados, ocultos ou encriptados. VOU A TUA CASA não engana ninguém; potencialmente terá o condão de assustar uns quantos, mas não é mais do que isto: um actor (urgente) a ir a casa de alguém. Nada mais para além da simples aventura artística (teatral), em constante fuga do espaço e do tempo. A óbvia questão dos ‘limites do teatro’ vem por arrasto, mas não me interessa propriamente. Interessam-me as pessoas, as casas, e o facto de ir ter com elas; se isso é mais ou menos teatro, mais ou menos espectáculo, mais ou menos espectacular, pouco me importa. Aquilo que faço tem que ter sempre essa carga de 'realidade' forçada, arrancada a ferros do meu estômago, e cheia de truques maldosos e mentiras encapuçadas; gosto de fingir, fazer de conta que estou muito emocionado. Não acredito na verdade. Para mim é tudo mentira. É mentira que existem pessoas, casas, e eu a ir ter com elas. As cidades são mentirosas. Eu minto com elas, e somos todos muito felizes.







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Link para:

http://www.vouatuacasa.blogspot.com



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ROGÉRIO NUNO COSTA
Biografia

Nasceu em Amares (Braga), em 1978. É licenciado em Comunicação Social. Frequenta o mestrado em História da Arte Contemporânea. Trabalha como actor/performer desde 1996. Desenvolve trabalho artístico como criador nas áreas do teatro, performance e ‘figuras adjacentes’ desde 2002. Fez workshops com, entre outros, Cláudia Dias, João Fiadeiro, Mónica Calle, João Garcia Miguel, Lúcia Sigalho, Amélia Bentes, Sofia Neuparth, Clara Andermatt e Regina Guimarães. Como intérprete, destaca os trabalhos desenvolvidos para a Companhia de Teatro Sensurround e dirigidos por Lúcia Sigalho, por João Cabral para o Grupo de Teatro do ISCSP, por Alain Béhar para o Festival X, e ainda para espectáculos de Rosa Coutinho Cabral, Sofia Neuparth, Nelson Guerreiro, Sónia Baptista e projecto Parasitas (Patrícia Portela & Sónia Baptista). Colaborou ainda com várias companhias e estruturas, tais como: Cão Solteiro, Teatro Praga, Chão de Oliva/Companhia de Teatro de Sintra, Companhia de Teatro de Braga, OLHO, murmuriu, Centro em Movimento, Censura Prévia, Transforma AC e Quarta Parede. Encenou espectáculos para 'a menina dos meus olhos - associação cultural' (em parceria com Marina Nabais), para o Teatro Universitário do Minho e para o grupo de animação de rua Animares. Foi observador do Festival A8 2003, em Torres Vedras. Colabora com a revista DIF. Colaborou com a revista Artinsite, edição da Transforma AC. Dirigiu, escreveu e interpretou: "A Leitura Encenada É Um Género Que Não Faz O Meu Género" (2002), "Vou A Tua Casa – lado a" (2003), "Saudades Do Tempo Em Que Se Dizia Texto" (2003), "ACTOR" (2004), "No Caminho" (2004) e "Vou A Tua Casa - lado c" (2005/2006). Actualmente, desenvolve o projecto "FUI", com esboços já apresentados em Lisboa, Braga e Torres Vedras. Prepara o projecto de documentação de “Vou A Tua Casa – trilogia”, a desenvolver durante o ano de 2006, com vista à compilação de uma série de perspectivas disciplinares sobre e à volta do projecto-trilogia “Vou A Tua Casa”, na forma de catálogo e vídeo-documentário.



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